Parceria

Estiveram presentes durante a assinatura simbólica da parceria representantes da Nexa, da UFU, da FAU e da Votorantim. (Foto: Milton Santos)

 

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a mineradora Nexa Resources oficializaram, nesta terça-feira (14), uma parceria de incentivo e fomento à pesquisa florística com a assinatura simbólica do convênio na Fundação de Apoio Universitário (FAU). O acordo faz parte do projeto Vazantes Mineiras, que está em desenvolvimento em Vazante (MG) e pretende, por meio do uso sustentável de áreas rurais da empresa no município, promover oportunidade e desenvolvimento socioambiental através de iniciativas que aliam inovação, pesquisa e turismo ecológico.

A Nexa é uma das cinco maiores mineradoras mundiais de zinco e atua na mina de Vazante, no Noroeste de Minas Gerais. A parceria soma a outros marcos do projeto, que vem sendo desenvolvido desde 2019 em conjunto com a Reservas Votorantim, empresa gestora de ativos ambientais com geração de valor compartilhado. Ao aliar conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico sustentável, o projeto envolve ações relacionadas à proteção da natureza e atividades produtivas sustentáveis em uma área de 3 mil hectares, predominantemente rural.

 

A pesquisa florística

 

Com o objetivo de realizar um levantamento florístico das áreas de reserva da Nexa, a UFU fará, bimestralmente ou trimestralmente, a coleta de exemplares botânicos de plantas com flores e/ou frutos ao longo das trilhas e áreas do Vazantes Mineiras.

Os exemplares coletados serão incorporados no Herbarium Uberlandense (HUFU), do Instituto de Biologia da UFU, e todo o levantamento será disponibilizado on-line para monitoramento da vegetação. Também serão feitos trabalhos voltados à educação ambiental, como ações de conhecimento da flora do município de Vazante.

“É evidente que, nos últimos anos, temos vivido grandes desafios em relação ao financiamento da pesquisa e da pós-graduação em nosso país. Entretanto, nossos números mostram que a UFU vem crescendo cada vez mais na produção de ciência e tecnologia. Esta contradição pode ser explicada pela garra e competência de nossos pesquisadores; um exemplo, o professor Jimi [Nakajima], o qual assina hoje este convênio, e também pela grande importância das relações firmadas entre a UFU e as instituições, como a Nexa, que aumentaram substancialmente nos últimos anos”, declara Carlos Henrique de Carvalho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU. “É com grande alegria que somos a primeira universidade a firmar convênio com a Nexa dentro do projeto Vazantes Mineiras”, completa Carvalho.

 

UFU é a primeira universidade a fechar parceria para as pesquisas no projeto Vazantes Mineiras. (Foto: Milton Santos)

 

O projeto

 

Para a Nexa, o projeto é único e alinhado com os compromissos ESG: um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada.  “O Vazantes Mineiras surgiu há quatro anos com uma visão inovadora de futuro e de uso múltiplo da terra. Ele foi desenhado estrategicamente para evidenciar os aspectos positivos da cidade de Vazante, conversar com a biodiversidade local, fomentar cadeias produtivas e valorizar as comunidades locais”, afirma Antônio Padron, gerente geral da Nexa em Vazante.

Para a Reservas Votorantim, que aplica o modelo de uso múltiplo da terra nas reservas ambientais Legado das Águas (SP) e Legado Verdes do Cerrado (GO), e presta consultoria para a Nexa para a implantação do Vazantes Mineiras, o projeto apresenta um potencial imenso para a região. “Acreditamos que é possível desenvolver um modelo de negócio onde conservação da biodiversidade e atividades econômicas caminham juntas. Atuamos, dessa forma, há 10 anos em outros territórios, fomentando novas cadeias produtivas que geram valor para empresa e sociedade, sempre buscando soluções baseadas na natureza. Estamos muito felizes com os primeiros resultados do Vazantes Mineiras”, comenta David Canassa, diretor da Reservas Votorantim.

A UFU é a primeira universidade parceira do projeto, que pretende ter colaboração com outras instituições futuramente. Com isso, serão realizadas pesquisas de base e aplicadas integradas ao contexto da empresa, com propostas de desenvolvimento da conservação do bioma Cerrado, preservação da biodiversidade local, desenvolvimento da agropecuária, além de oportunidade para o setor da mineração e para a cidade de Vazante.

“Para a UFU, é uma grande oportunidade a formalização deste convênio, onde, em atuação conjunta com a Nexa e intermédio da Fundação de Apoio Universitário (FAU), a pesquisa coordenada pelo professor Jimi contribuirá para o conhecimento dos recursos naturais da região. Em contrapartida, o fomento disponibilizado pela companhia à UFU contribuirá para a formação dos discentes envolvidos e para as publicações e desenvolvimento científico da instituição. Ou seja, uma via de mão dupla, com ganhos para ambos os lados”, finaliza Murilo Vieira, diretor de Pesquisa da UFU.

 

*Com informações da BCW, assessoria de imprensa da Nexa, via Comunica UFU

 

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

 

Texto original: https://comunica.ufu.br/node/22715

Exemplares coletados no município de Vazante serão incorporados ao herbário da universidade
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Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação explica detalhes de como será a implementação (Foto: Alexandre Costa)

 

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) apresentou o projeto de criação do Parque Tecnológico (TecnoUFU) e da usina termoquímica experimental que serão construídos no campus Glória. O encontro aconteceu na última quinta-feira (19), na Fundação de Apoio Universitário (FAU).

O objetivo do parque é permitir o desenvolvimento de uma nova matriz tecnológica e econômica na região, gerando renda para a população. Ele foi aprovado na chamada pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e receberá dela e do Governo do Estado de Minas Gerais um investimento total de R$ 12 milhões.

Já a usina termoquímica experimental é um projeto que busca produzir energia térmica e elétrica a partir da trituração de carga de resíduos contrabandeados e apreendidos pela Receita Federal, como cigarros. O projeto congrega diversos pesquisadores e instituições de ensino, além de empresas privadas e órgãos governamentais.

Para a usina, o investimento será de cerca de R$ 10 milhões e terá baixo impacto ambiental. No evento de apresentação, compareceram Carlos Henrique Martins, vice-reitor da UFU; Carlos Henrique de Carvalho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU; Paulo Sérgio Beirão, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig); Marcelo Speziali, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig; Felipe Attiê, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais; e Thalita Costa Jorge, secretária de Agronegócio, Economia e Inovação de Uberlândia.

 

Futuramente, Campus Glória contará com diversos complexos que incluem Centro Esportivo, Moradia Estudantil e Escola Básica (Imagem: Arquivo Marcelo Braga/Femec/UFU)

 

Os recursos já estão disponíveis e o processo de compra e licitação de equipamentos está acontecendo. De acordo com Carvalho, a energia produzida será revertida também para pequenos e médios municípios, sendo benéfico para toda a sociedade, além da universidade.

Ao final, Beirão destacou ainda o impacto do conhecimento gerado na UFU para a comunidade externa. “[A usina] mostra, através de uma ação dessa natureza, que esse conhecimento, essas cabeças pensantes, podem encontrar soluções muito concretas para os problemas da sociedade. Isso é um desafio que temos em Minas Gerais e no Brasil, de usar esse capital intelectual que temos nas universidades e instituições de pesquisa para encontrar soluções para a sociedade”, finaliza.

 

* Via Comunica UFU

 

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Texto original: https://comunica.ufu.br/node/22385

 

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