Pesquisa e Pós-graduação

Fatores biológicos e ambientais podem influenciar no desenvolvimento embrionário (Foto: Banco de imagens/Freepik)

Entre os dias 10 e 29 de outubro, a professora Eloisa Amália Vieira Ferro, do Programa de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas e diretora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), fará uma visita e realização de experimentos junto à Universidade de Siena, na Itália.

O grupo italiano é liderado pela professora Francesca letta e tem vasta experiência em estudos sobre placenta humana e a influência de diferentes fatores biológicos e ambientais que impactam o desenvolvimento placentário e embrionário. Ietta foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como jovem talento, e permaneceu na UFU entre 2013 e 2015. “Temos vários trabalhos em colaboração, desde a minha estada naquele laboratório na realização do meu estágio de pós-doutorado, sob a supervisão da Luana Ricci Paulesu, nos anos de 2005 a 2006, até os dias atuais”, conta Ferro.

Eloisa Ferro, autora da pesquisa e diretora de Pós-Graduação da UFU (Foto: Marco Cavalcanti)

1 . O trabalho

Estudos recentes mostram que a placenta desempenha um papel ativo na fisiologia do Sistema Nervoso Central (SNC). Este órgão é capaz de modular o desenvolvimento neurológico fetal, e alterações estruturais/funcionais do cérebro materno, durante a gravidez, também são atribuíveis à placenta. Ela produz e libera uma ampla gama de moléculas tanto na circulação materna quanto na fetal e muitas delas podem chegar facilmente ao SNC.

Sabe-se que crianças infectadas congenitamente podem apresentar um quadro agudo, subclínico ou benigno ao nascimento, mas que na infância, puberdade ou idade adulta, esses indivíduos podem apresentar quadros de retinocoroidite resultantes de uma infecção não diagnosticada precocemente. Entretanto, recém-nascidos podem ser sintomáticos e apresentarem sinais clínicos graves como calcificações intracranianas, hidrocefalia, microcefalia, retinocoroidite, epilepsia, retardamento mental e cegueira.

O objetivo do projeto é avaliar a influência da infecção por Toxoplasma gondii no secretoma placentário e a possível interferência dele no desenvolvimento cerebral, influenciando astrócitos – células neurogliais que são fundamentais para a funcionalidade e sobrevivência dos neurônios –, e sendo capazes de promover inflamação e neurodegeneração. Devido à sua dupla função, os astrócitos são considerados células-chave na determinação do estado de saúde do cérebro.

A pesquisa é importante para o desenvolvimento de futuros remédios que ajudarão a melhorar a infecção pelo protozoário (Imagem: Banco de imagens/Freepik)

O projeto se concentrará em culturas in vitro de explantes de placenta humana, um modelo que, ao mesmo tempo em que preserva as atividades funcionais do tecido original, mimetiza suas funções in vivo, incluindo a produção e liberação de componentes secretores. Usando este modelo, o grupo avaliará se insultos placentários produzem alterações na fisiologia dos astrócitos ou se a função neurotóxica de astrócitos ativados em um fenótipo inflamatório, por meio da estimulação com antígenos de T. gondii, pode ser mitigada pela exposição ao secretoma placentário.

Ao explorar os processos fisiológicos da gravidez e usando a placenta como modelo de trabalho, a equipe dará um passo importante para o desenvolvimento de drogas úteis para controlar/melhorar lesões neurológicas agudas e crônicas no curso da infecção congênita por T. gondii.

“A missão certamente irá estreitar os laços de interação por meio de intercâmbio de estudantes, pesquisadores e publicação em conjunto. Tentarei estabelecer convênio para orientações em cotutela, bem como iniciar as tratativas para promover a dupla titulação para brasileiros e italianos no âmbito dos Programas de Pós-Graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas da UFU e o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Vida da Universidade de Siena”, finaliza Ferro.

* Via Comunica UFU

Política de uso: A reprodução de textos, fotografias e outros conteúdos publicados pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (Dirco/UFU) é livre; porém, solicitamos que seja(m) citado(s) o(s) autor(es) e o Portal Comunica UFU.

Texto original: https://comunica.ufu.br/node/21617

Nos dias 10 e 11 de novembro, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), irá promover o II Seminário de Pesquisa da UFU. Ele faz parte da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e busca ofertar um espaço de encontro, estudo e reflexão a respeito das pesquisas e das tecnologias desenvolvidas na universidade.

Neste ano, o seminário será realizado de forma presencial, com participação da Diretoria de Pesquisa (Dirpe), da Diretoria de Pós-Graduação (Dirpg), da Diretoria de Inovação e Transferência Tecnológica (Dirtc/Agência Intelecto) e em parceria com a Divisão de Divulgação Científica da Diretoria de Comunicação Social (Dirco). O objetivo é a integração e a valorização do papel indissociável da pesquisa, da pós-graduação, da inovação tecnológica e da divulgação científica na construção da ciência.

O evento contará com mesas-redondas, palestras, apresentação de pôsteres, mostra de tecnologia e inovação e oficinas. Também acontecerá a “Premiação do Sistema de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação”, que busca reconhecer os pesquisadores de destaque da instituição, passando pelos discentes da UFU que fazem Iniciação Científica na Educação Básica, no Ensino Médio e Técnico, na Graduação, na Pós-Graduação, até os pesquisadores docentes e técnicos da instituição.

Outros palestrantes que ainda não foram divulgados ainda serão confirmados, assim como os auditórios e espaços da UFU em que acontecerão o evento.

A programação completa e mais detalhes você encontra em: https://eventos.ufu.br/node/5026.

1 . Inscrições

As inscrições gerais para o II Seminário de Pesquisa da UFU e 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, e para as oficinas, serão de 16/09/2022 a 09/11/2022 pelos formulários abaixo:

• Gerais: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe3299LS8YeD48pHVhdsVXFz6FVEEo-y1Hh3YiKpB_7VegDKA/viewform
• Oficina: "Divulgação Científica em Mídias Sociais": https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd6SWNC6yRrLVOIT8yXGV7u7M-ac-NeX5XibFYr98iHI1hMHA/viewform. 30 vagas.
• Oficina: "Como estruturar um documento de patente": https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc6tMvW_1Ngq2hSQHgdE-IaBKu6avlirAAXNtayyeZ9NDDh-Q/viewform. 50 vagas.
• Oficina: "Iniciação Científica no Ensino Médio": https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfv8m6Baqbulco2LdtpHL8mw2JTihZarLWq-l2Qq2rRLLvIxg/viewform. 50 vagas.
   

As inscrições para a Premiação do Sistema de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação serão de 16/09/2022 a 16/10/2022, conforme edital PROPP Nº1/2022, pelos formulários abaixo:

• Categoria 1 - "Prêmio de Pesquisa Professor Warwick Estevam Kerr": https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc4rrQrNLeriDF4ceoVGBOZ--2fQM2qs2peUqCykygAlmayzw/viewform.
• Categorias 2, 3 e 4 – "Prêmios Destaque UFU em Iniciação Científica": https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfNOdlK04_JuCn407kLYnFaChGffLcoHoQPhbuo_L0WXRp4YQ/viewform.
• Categoria 5 – "Grande Prêmio UFU de Tese": https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdZ6Zi3VNrzEd8DWjMItYlUCmTW5wVnr3mL7_4LB3DAiFHv4Q/viewform.

Propp avalia que o desempenho da UFU neste quadriênio foi muito bom, pois a maioria dos programas, agora, está concentrada nos conceitos 4 e 5. (Foto: Campus Santa Mônica/ Milton Santos)

Após acordo entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Ministério Público Federal, foi divulgada a Avaliação Quadrienal 2017-2020 dos cursos de pós-graduação do país. Dos 50 programas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) que foram avaliados, 24 subiram de nota, 23 mantiveram o índice e apenas três diminuíram.

Os destaques foram os programas de pós-graduação em Imunologia e Parasitologia Aplicadas (PPIPA) e em Engenharia Química (PPGEQ), que conquistaram a nota 7 (máxima), e os programas de pós-graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL), em Química (PPGQUI) e em Ciências da Saúde (PPCSA), que subiram para nota 6.

Fonte: Diretoria de Pós-Graduação/Propp/UFU

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU, Carlos Henrique de Carvalho, avalia que o desempenho da universidade neste quadriênio foi “muito bom”, pois a maioria dos programas, agora, está concentrada nos conceitos 4 e 5. Carvalho destaca as ações institucionais que tiveram impacto no crescimento das notas: apoio financeiro para publicações qualificadas e participações em eventos (o valor concedido pela Propp em forma de pagamento de publicação de artigos no período de 2017 a março de 2022 foi de R$ 838.379,33); o Programa Pró-acompanhamento; a criação da Rede de Laboratórios Multiusuários (Relam) e o Programa de Internacionalização (UFU-Capes.PrInt). “Parabéns a toda a comunidade acadêmica UFU e, principalmente, às coordenações”, afirma o pró-reitor.

A diretora de Pós-Graduação da UFU, Eloisa Ferro, também destaca a importância do Programa Pró-acompanhamento, pois 61% dos programas de pós-graduação que aderiram a ele subiram de nota. “Estou extremamente feliz e orgulhosa do desempenho dos programas de pós-graduação. Acredito que o trabalho sério e competente do conjunto dos docentes, discentes e técnicos administrativos foi fundamental para esse êxito. É um resultado fantástico para a nossa instituição”, finaliza.

Fonte: Diretoria de Pós-Graduação/Propp/UFU

* Por Diélen Borges, via Comunica UFU

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Texto original: https://comunica.ufu.br/node/21415